INTERPRETAÇÃO DE MAPA - análise de relacionamento.
- Mauricio Horita
- 8 de jan.
- 3 min de leitura

A sinastria é necessária para ver relacionamentos na astrologia?
Podemos fazer uma análise de relacionamentos a partir de uma mapa natal assim como podemos fazer uma composição de mapas pela sinastria. São técnicas diferentes com propostas diferentes. Pouca gente sabe, mas nada se sobrepõe às condições de um mapa natal de uma pessoa, até quando falamos sobre relacionamentos, apesar da técnica da sinastria ser mais popularizada. Na prática, o mapa natal já nos mostra os desafios, as condições, o modelo, a funcionalidade de uma pessoa nos seus relacionamentos. A sinastria é a análise específica da qualidade de algum tipo de relação entre dois componentes ativos, portanto, não faria tanto sentido analisar somente para uma das partes além de saciar a curiosidade de um dos interessados.
Quem fala sobre amor na astrologia?
E o que é o amor? Quem define quem amamos ou não amamos, gostamos ou não gostamos? Se acreditarmos que a base do amor é a emoção, o instinto, o inconsciente, então o representante do amor na astrologia é a Lua. Também representante de assuntos importantes para nossos relacionamentos, como segurança, acolhimento, conforto, afinidade, gosto.
No mapa acima, a forma de acolher de uma Lua em Virgem se dá pelo serviço, uma forma de ser útil, de ver do que o outro está precisando, principalmente num campo prático ou material. Na casa 3, a interação com o outro se faz importante nesse processo, também. Claro, nesse processo de demonstração de afetos existem algumas tensões: uma Lua mal aspectada ao Marte, Saturno e Urano, que confere uma natureza impositiva, cobradora, chocante, abrupta para a pessoa, que, no caso de uma Lua em Virgem, é expressa pelo criticismo, detalhismo, contestação.
Temos, também, uma Vênus em Virgem, em uma debilidade chamada queda. Vênus não encontra conforto em Virgem e, para a pessoa, detalhes podem afetar o seu prazer, como a "alface no dente", a toalha fora da cama, ou é o muito alto, muito baixo, muito magro, muito musculoso. Em contrapartida, um Marte, representante da casa 5, se encontrando na dignidade por domicílio em Áries, pode representar uma satisfação nas experiências afetivas, por meio do vigor, da energia, da iniciativa, da própria atividade.
E o parceiro? Não tem relevância para os relacionamentos?
E aqui se encontra "o pulo do gato" das leituras afetivas. Pessoas que procuram sinastria normalmente não sabem que é possível fazer uma análise do parceiro em seus próprios mapas natais. Consciente ou não, fazemos escolhas ou temos naturezas em nossos mapas natais que definem a tipologia do outro, o que pode ser um fator essencial na satisfação de um relacionamento.
Para se ver essa dinâmica, podemos começar pela relação entre a casa 1 e a casa 7, o eu e o outro, que no caso, se encontra no eixo Câncer e Capricórnio. Ambos os signos, apesar de opostos, falam de estrutura, cuidado, atenção, sendo Câncer, sob a ótica emocional e Capricórnio, uma ótica material e de postura. Porém, sendo o outro uma imagem de autoridade e corretude, percebemos que, no mapa, o representante da 7 está em Sagitário, que nos remete a alegria, otimismo, aventura, também valores. Uma pessoa correta, séria, concisa, que acaba se revelando em uma pessoa mais "aberta".
Porém, existem, também, alguns desafios nessa relação com o outro. Talvez uma questão de encontrar segurança, conforto, gosto nessa imagem do outro, ou sentir uma correspondência nesse sentido. Pode haver conflitos, tanto em uma relação ao outro que é energético, impositivo quanto por choques, conflitos de interesse, necessidade de liberdade por uma das partes ou as duas.
Mas afinal: combina ou não combina? Dá certo ou não vai dar certo?
Normalmente, essas são as preocupações maiores das pessoas nos relacionamentos. Aqui, foi fornecida algumas informações das naturezas dessas dinâmicas. Sem entender o que nos motiva, nossas necessidades nos encontros, nossos desafios, temos um caminho mais árduo para fazer nossos relacionamentos serem prósperos, darem frutos.
No final das contas, quem determina o sucesso dos nossos afetos somos nós mesmos. Apesar das relações serem um pouco mais complexas, por envolverem não somente um componente.
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