QUÍRON - o curador ferido
- Mauricio Horita
- 31 de mar.
- 1 min de leitura

Interpretação de Quíron a partir de um mapa de exemplo.
Prestem atenção no mapa acima! Vocês podem pensar: “POR HERMES TRISMEGISTOS! Essa pessoa tem um Quíron na cúspide da casa 11, a ferida que nunca se cicatriza. SOCORRO!”
Mas antes de entrarmos em pânico, que tal uma análise mais cuidadosa da própria casa 11?
Ela se inicia em Câncer, cujo regente, a Lua, está exilada em Capricórnio — e ainda mal aspectada com Vênus e Marte. Isso já aponta uma relação de desconforto com os temas da casa 11 (amizades, grupos, coletivos), como se a pessoa não encontrasse segurança ou acolhimento nesses espaços. Também pode haver conflitos e frustrações nessas áreas.
Então… qual a contribuição real dessa análise de Quíron?
Como integrar uma análise de Quíron no mapa?
Na astrologia, duas coisas são essenciais: contexto e síntese.
Neste contexto, percebemos que há, sim, um desafio envolvendo a casa 11 — e Quíron, posicionado ali, representa uma ferida aberta, um ponto sensível. Mas Quíron também é o mestre das adversidades, aquele que ensina a partir da própria dor.
Curiosamente, temos Vênus em Câncer dentro da própria casa 11 — signo que também inicia essa casa. Mesmo com tensões, há aqui uma pista valiosa: a possibilidade de reconstruir essa relação com grupos e amizades através de afetos, cuidado, sensibilidade e pertencimento.
Talvez o exercício dessa ferida passe por cultivar vínculos mais íntimos, acolhedores e genuínos. O caminho da cura, mesmo que parcial, pode estar justamente naquilo que mais falta: o calor dos laços afetivos.
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